Brasão da Família Roveda

História

FAMÍLIA DE AGOSTINHO ROVEDA E GIUSEPPINA PIZZI

Em meados de 1870 a Itália estava passando uma grande crise econômica e de seu 33 milhões de habitantes, aproximadamente um terço de sua população emigrou para a América, principalmente para o Brasil, Estados Unidos e Argentina.

Em busca de uma nova oportunidade, Agostinho Roveda saiu de Trescore Cremasco, província de Cremona-Itália e partiu em direção ao Brasil por volta 1880. Trescori-Cremasco está situada no norte da Itália, mais precisamente na Lombardia, próximo de Mantova e a mais ou menos 30 quilômetros de Milão. A Cidade atualmente tem aproximadamente três mil habitantes, e por ser próxima de Milão estão localizadas várias indústrias nas suas cercanias.

Agostinho quando chegou ao Brasil e se estabeleceu no interior do Município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. No dia 3 de janeiro de 1884 recebeu o Titulo Provisório do Lote 82 na localidade chamada Linha São José Costa Real, hoje pertence à Garibaldi, com 242.000m2.(Livro 312, pagina185, número 1226; Sb, pagina 129).

Na mesma época, também de Trescori Cremasco, vieram Batista Roveda, Giacomo Roveda e Pietro Roveda.

Batista Roveda, no 3 de janeiro de 1884, recebeu o Titulo Provisório do Lote 82 da linha São José da Costa Real, com 242.000m2(Livro 312, página 186, numero 1227).

Giacomo Roveda casado com Catterina, com os filhos, Francesco(italiano), Bernarda, Ângela e Madalena, brasileiros, no 3 de janeiro de 1884, recebeu o Titulo Provisório do Lote 83 da linha São José da Costa Real, com 242.000m2(Livro 312, , pagina 185, numero 1228, Sb, pagina 129).

Pietro Roveda casado com Ângela Venturi, com os filhos, Francesco e Angêlo, italianos, André, Bernardo, João e Boaventura(nasceu no dia 12/1/1884 e batizado em 01/02/1885), brasileiros; no 3 de janeiro de 1884, recebeu o Titulo Provisório do Lote 80 da linha São José da Costa Real, com 242.000m2(Livro 312, , pagina 185, numero 1228, Sb, pagina 129).

Francesco Roveda, filho de Pietro Roveda e Ângela Foppa, com 22 anos casado com Giuseppa Nosini, no dia 06 de maio de 1895. Ela nascida em Scandolara Ravara-IT, no dia 19 de março de1877 filha de Pietro e Giovanna Bertarelli. (LCG 2, página 1v, número 14).

Essas famílias Roveda, da mesma localidade na Itália, provavelmente eram todos das mesmas famílias, mas não sabemos ao certo o grau de parentescos!

Esses dados foram colhidos do Livro “As Colônias italianas Dona Isabel e Conde D’Eu” , pagina 371.

Agostinho casou com Giuseppa Pizzi e dessa união nasceram Bernardo Roveda 1888(Bituruna-PR), Cesare Roveda 1890(Putinga-RS), Ângelo Roveda 1892(Linha São José Costa Real-RS), Rosa Roveda, Angelina Roveda, Tereza Roveda, Tranquilo Roveda 1897 †1987(Caçador-SC) e Eduardo Roveda(São Paulo-SP).

Agostinho viveu na Linha São José da Costa Real até o seu falecimento. Desde sua chegada participou ativamente do desenvolvimento da referida localidade. Se destacou na atividade do cultivo de uvas e juntamente com seus filhos construiu uma cantina de vinho. Após o seu falecimento, seus filhos se dispersaram, alguns permaneceram na região, e outros foram para Santa Catarina em busca de uma nova vida.

Tranquillo casou com Irene Cepelletti Capoani e tiveram quatro filhos, Ivo, Elmira, Alzira e Itacyr, destes apenas Elmira continuou residindo em Bento Gonçalves e casou com Aristides Bertuol. Aristides, um grande empresário, se destacou em várias atividades, fundador da Meber indústria de metais para banheiros, empresa de destaque no seu ramo até hoje, se destacou também no cenário automobilístico, como exímio piloto de corridas de automóveis que marcou época em todo o Rio Grande do Sul e sul do Brasil.

Tranquilo, e seus filhos, mudaram-se para Caçador, Santa Catarina, que na época estava em franco desenvolvimento, especialmente no ramo madeireiro, e também na área educacional com excelente Colégio Marista. A cidade de Caçador se destacava no cenário pela grande quantidade de florestas de pinheiro de Araucária e com grande número de serrarias.

Alzira casou com Balduíno Casagrande e tiveram seis filhos, Isabel, Mario, Milton, Cristina, Mauri e Marcos.

Tranquillo junto com os seus filhos Ivo e Itacyr, se destacaram em várias atividades empresariais, sendo as mais importantes as revendas de automóveis Willis. Além das concessionárias dos famosos jipes Willis em Caçador, Joaçaba e Curitibanos, sobressaindo-se também pelos seu empreendedorismo no ramo madeireiro. Tranquilo ficou viúvo e mais tarde casou com Emília Sartori. Alguns anos depois Tranquilo ficou doente, e seu filho Ivo tomou a frente dos negócios e com seu grande senso empresarial deu continuidade e desenvolvimento aos negócios.

Com o falecimento precoce de Ivo em 1968, aos 48 anos, sua família mudou-se para Curitiba, Estado do Paraná. Na época Itacyr estava gerenciando a filial de Joaçaba, teve retornar para Caçador para administrar os negócios e juntamente com os genros de Ivo deram continuidade aos empreendimentos, sempre com a supervisão de Tranquilo.

Em meados de 1970, após um grave acidente de carro com Itacyr, onde perdeu sua esposa Terezinha Zandavali, ficou vários meses na UTI, nessa oportunidade os demais sócios fecharam as Empresas e mudaram-se para Curitiba.

Algum tempo depois, Itacyr Roveda se recuperou do acidente, e continuou residindo em Caçador, foi sócio fundador da Empresa de transporte Transrorace, da indústria e Comércio Castelhano, empresa que produzia pasta mecânica, no ramo madeireiro com serraria em Bituruna-SC e plantio de pinnus.

Em 1981, fundou a ROVEDA INDÚSTRIA QUÍMICA que produz até hoje, matéria prima para indústria de tintas e vernizes, colas e adesivos, e óleos de pinnus entre outros.

Empreendedor nato, iniciou em 2004, juntamente com os seus filhos o projeto da HIDROELÉTRICA PARDOS, realizando-o com o inicio das suas atividades operacionais em 27 de marco de 2013.

Itacir Roveda está com 79 anos, e é um homem realizado, (apesar de sua idade), ainda é um entusiasta empreendedor, basta falar em novos negócios que seus olhos brilham sendo uma fonte de energia e realização de seus sonhos. Com seu dinamismo mostrou o caminho e gosto do empreendedorismo as seus filhos. Este é o seu legado! E muito nos orgulhamos!


Caçador, 01 de setembro de 2015.

Irene Aparecida Roveda